A diretora do DHPP (Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa) soltou uma bomba ao dizer que a tropa de choque da polícia militar consegue patrulhar em Paraisópolis. Há algo na fala da delegada que reflita a velha (e estéril) rivalidade entre as policiais civis e militares? Talvez. Nós aqui no Manumilitari defendemos a unificação completa das forças policiais a nível estadual.
A indignação da E.Sato reflete o desafio do crime organizado na maior cidade da América Latina. A população de Paraisópolis está exposta as investidas do PCC que precisa de hegemonia e de controle total da população das áreas carentes. A falsa paz que o PCC consegue impor nas comunidades custa caro a sociedade: os bairros vizinhos viram uma área de “caça” dos bandidos cujo santuário fica garantido pela lei do silencio, os moradores da favela perdem seus direitos de ir e vir a qualquer hora. E inexoravelmente passam a conviver com bailes ao céu aberto que privam a população do direito a dormir em silencio. Começam quinta e terminam segunda de madrugada. Ninguém consegue dormir nem se concentrar para estudar. Por determinação do crime organizado e omissão do poder público, o pobre é condenado a permanecer na pobreza. E ainda assim vários líderes de opinião defendem os bailes a despeito dos direitos mais básicos dos moradores. Lugar de baile é balada. Porque não usar os galpões e os estacionamentos desertos no fim de semana para ter mega-festas populares onde tocaria funk e toda classe de música urbana?
Leave a Comment