As falsas informações espalhadas pelas redes sociais podem matar e destruir reputações, famílias e empresas. Não cabe duvida nenhuma que devem ser combatidas. Contudo, entregar a missão de dizer o que é “fake” e o que é “verdade” a um punhado de “verificadores” não deixa de ser perturbador. Não se combate um mal usando um remédio pior porque a democracia nunca se deu bem quando o Estado (ou agentes privados aliados a ele) teve o monopólio da Verdade.
Vivemos uma época onde quem grita mais forte tem razão. Em vez de fechar páginas e perfis de maneira autoritária, seria melhor equipar os internautas (ou seja todos nós) com as ferramentas para ter juízo e senso crítico. Poder-se-ia começar por exemplo com a melhoria do sistema educacional que produz analfabetas funcionais a escala industrial: 3 em cada 10 brasileiros não conseguem entender um simples email. Depois, caberia incluir nos currículos escolares protocolos para desmascarar as fraudes e avaliar a legitimidade das fontes.
Porem, se faz justamente o contrário disso. Pede-se ao cidadão não pensar nem reagir já que a agencia de checagem se encarrega de pensar por ele e protege-lo com a mentira e a dissimulação. Trata-se de um projeto de infantilização. E digo novamente que a democracia não foi pensada para infantes mas para adultos esclarecidos.
Triste Brasil.
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