Dirigindo-se a mandatários árabes e muçulmanos, o Donald Trump deu um discurso repleto de ensinamentos sobre os novos rumos da administração republicana. Basicamente, o presidente eleito renovou a aliança com as monarquias petrolíferas e manifestou grande desconfiança enquanto as intenções reais do Irão.
Contudo, o trecho acima denota bom senso. Não existe o aliado perfeito. As políticas mais bem-sucedidas procedem de um consenso entre países que inicialmente pensavam diferentemente um do outro. Um diálogo franco e equilibrado é a receita para acercar as posições e enxergar o que realmente importa. No caso da violência do Oriente Médio, fica difícil entender a atitude do Trump que empurra o Irão nos braços da Rússia e da China. Um caminho mais sensato seria oferecer ganhos políticos aos segmentos mais progressistas do regime de Tehrân. Afinal de cotas, a Paz se consegue abrindo uma interlocução com os adversários. Ficar entre si, entre amigos, nunca foi o caminho da reconciliação.
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